segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Vicky e Cristina tentam, mas só dá Maria Helena!

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Depois de um breve recesso, a Cantina reinicia seus trabalhos! Desta vez, nos arriscamos a ver o novo filme do diretor Woody Allen, "Vicky, Cristina, Barcelona". O risco se explica: o filme foi encomendado pela cidade de Barcelona (o que nos passa a idéia de uma obra panfletária, do tipo "venha nos conhecer"); além disso, corria-se outro risco, que atende pelo nome de Penélope Cruz. Muitos a idolatram, a acham uma excelente atriz, mas, na Cantina, ela vai ser sempre lembrada pelo insípido "Vanilla Sky" e pelo inassistível "Sabor da Paixão"!
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E qual não foi a surpresa ao nos deparamos com um ótimo filme!
Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlet Johanson), amigas de faculdade e com gênios diametralmente opostos, vão a Barcelona procurando por algo novo, algo que modifique suas vidas. E encontram, na figura do pintor Juan Antonio (Javier Bardem).
Vicky é a centrada, a correta e neurótica (a contraparte cinematográfica de Woody Allen, típica de quase todos os seus filmes) e, surpreendentemente, cai primeiro na rede de Juan Antonio, mesmo às vésperas de se casar com um homem correto, decente e, por isso mesmo, sem-graça. Logo depois é a vez de Cristina, que procura algo que não sabe o que é. Depois de se instalar com o pintor, sua vida parece ter seguido finalmente o rumo certo. Até que entra em cena Maria Helena (Penélope Cruz), a mentalmente instável ex-mulher de Antonio.
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E aqui realmente o filme toma as cores da cidade e passa a se tornar o que se pretende dele. A personagem de Maria Helena, interpretada com vontade e paixão por Cruz, torna os personagens e o próprio filme, mais interessantes. Sem ela, percebe-se a mediocridade em que vivam todos. Ela é o gênio, a musa, a motriz do filme.
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Por um momento parece que estamos assistindo a um filme de Pedro Almodóvar, tamanhos os matizes que Allen toma emprestado. Sobretudo na caracterização dos personagens. Assim como o diretor espanhol costuma fazer, este é um filme feminista e feminino.
De acordo com a trama do filme, os homens têm duas opções: ou se conformam em ser o cara "bonzinho", cujo casamento resultará numa inevitável monotonia; ou ocupam-se em ser charmoso e sedutor, e, por isso mesmo, ser abandonado por todas as mulheres à sua volta.
Há na verdade, uma terceira opção, que o filme deixa implícita: procurar uma Maria Helena, para dar mais cor à sua vida...

Um comentário:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.